...“Sexo é um intercâmbio de líquidos, de fluidos, de saliva, hálito e cheiros fortes, urina, sêmen, merda, suor, micróbios, bactérias. Ou não é. Se é só ternura e espiritualidade etérea, se reduz a uma paródia estéril do que poderia ser. Nada!!” Pedro Juan Gutierrez - Trilogia Suja de Havana

27.11.25

"CATECISMOS" INSPIRADORES DE PUNHETAS


Nos anos 1970 eu era um voyeurista convicto, meu pau endurecia folheando as revistas Playboy que meu Pai escondia no banheiro e as revistas Color Climax e Rodox, suecas e dinamarquesas, lacradas em plástico com tarja preta, que eram vendidas na banca do Zé.

A estética dos atores XXX eram diferentes dos atuais, peitos sem silicone, bucetas e paus peludos! 























21.11.25

ZÖE STÄHLI - PORNÔ-CHIQUE CONTEMPORÂNEO









Zöe Stähli é uma das raras mulheres no comando dos negócios da indústria pornográfica. Filha e herdeira de Edi Stöckli, conhecido como "o rei do pornô" e idealizador da indústria do cinema "X" na Suíça, Zöe administra uma galeria pornográfica localizada no quarteirão da "luz vermelha" de Zurique - MUSEUM OF PORN IN ART. Pelas paredes do Museu misturam-se fotos das empresas fundadas no final dos anos 70 por seu pai - Edi Stöckli (portal na internet, oito salas X um museu de arte erótica) com quadros pornográficos.

Esse império familiar começou em 1996, quando os Stöckli abriram em Lausanne o primeiro museu de arte pornográfica. Zöe Stähli conta que seu Pai tinha uma enorme coleção arte pornô "Mas para este tipo de cultura não havia espaço nas galerias tradicionais. A censura e o tabu eram muito presentes e ainda são em boa parte".  A iniciativa não agradou às autoridades e muito menos à vizinhança. "A polícia nos pedia, com frequência, para esconder os quadros julgados muito explícitos. Era assim mesmo com mostra sendo exposta dentro de um cinema pornô e liberada apenas para maiores de idade." conta Zöe. A empreitada pornô-cultural durou pouco tempo e a galeria fechou as portas.

Em 2004 Zöe Stähli conseguiu um espaço para retomar seu projeto e voltar a expor arte pornográfica. Montou o MUSEUM OF PORN IN ART , que organiza exposições de arte-erótica-pornô. As mostras acontecem em uma pequena loja de vinhos finos batizada de EDY’s WEINSTUBE, situado no coração de Zurique.

“Olhando as paredes vazias, disse a mim mesma que poderia usá-las para mostras temporárias de arte pornográfica. A ideia deu certo. Em abril de 2012 comemoramos a centésima exposição” diz Zöe.

Todos os meses um público formado por moderninhos de "cabeça aberta" frequenta a galeria para consumir vinho vendido a preços módicos, karaokê e apreciar o chamado "pornô-chique contemporâneo", produzido por jovens artistas. Cada vernissage no EDY’s WEINSTUBE é sempre muito badalada. Mas mesmo com o entusiasmo do público, a maior parte dos quadros não é vendida. "Uma coisa é demonstrar curiosidade diante de um quadro erótico ou pornográfico, outra coisa é levar para casa uma imagem explícita e ter que de enfrentar o olhar da sogra ou da mulher" diz sorrindo Zöe Stähli.

Edi's Weinstube é provavelmente a única galeria em toda a Europa que combina vinho e de arte erótica.

16.11.25

NEGA TERÊ - CHARUTEIRA E DOMINADORA


Essa é uma homenagem à graça, beleza, ao charme e veneno das mulheres que fumam charutos Romeo y Julieta Mille Fleurs. 

Apesar de que charuto ter sido historicamente consumido pelos homens, cada vez mais mulheres estão entrando nesse mundo e encontrando nele uma forma de rebeldia, empoderamento e, quando fodem, ficam por cima!



O Romeo y Julieta Mille Fleurs é um dos charutos mais acessíveis da icônica marca cubana, mantendo a elegância e tradição que consagraram Romeo y Julieta ao redor do mundo. Seu nome, que significa "mil flores", remete ao perfil floral delicado que encanta iniciantes e apaixonados por fumadas suaves.





7.11.25

OS "CATECISMOS" DE CARLOS ZÉFIRO


Me lembro dos “Catecismos” do Zéfiro*, revistinhas eróticas, desenhadas a mão e proibidas para menores. Elas ficavam escondidas, atrás de outras revistas, em locais inacessível e fora da visão dos clientes das bancas de jornais e revistas. 

Para comprá-las, eu me dirigia à banca do seu Zé, permanecia por longos minutos simulando interesse pelo que via nas prateleiras. Como disfarce, comprava o último número do gibi do Batman que servia para esconder o meu verdadeiro objetivo - o "Catecismo do Zéfiro". 

Produzidos em um período de pouca liberdade sexual, essas revistinhas de quadrinhos eróticos, tinham o tamanho de ¼ de ofício e aproximadamente 30 páginas, títulos curtos, geralmente nomes de mulheres e histórias de muita putaria com começo, meio e fim. Os “catecismos” povoavam o imaginário erótico da garotada e colaboraram com a educação sexual da geração 1960.



Eram horas trancado no quarto folheando o “catecismo”, apreciando as estórias e figuras de - Minha Tia gostosa, A Empregadinha do Vizinho. Depois de devorá-las e tocar muita punheta, trocava as revistinhas com os amigos.

Com a chegada ao mercado brasileiro das revistas eróticas suecas e dinamarquesas, com fotos coloridas de sexo explícito, os catecismos perderam prestígio e desapareceram. 









*Carlos Zéfiro ou Alcides de Aguiar Caminha (Rio de Janeiro, RJ – 1921 – 1992), produziu seus quadrinhos pornográficos, durante as décadas de 1950 e 1960. Em seus “Catecismos”, como ficaram popularmente conhecidas suas histórias desenhadas a pincel, bico de pena e impressas em branco e preto, Zéfiro narrava situações que sempre culminavam em práticas sexuais explícitas.

Desenhista amador, Zéfiro copiava os seus personagens a partir de revistas eróticas estrangeiras ou fotonovelas. As situações e posições sexuais eram limitadas, mas não impediam o sucesso de suas publicações. Os personagens masculinos não variavam muito na forma ou na personalidade e seguiam sempre o mesmo padrão de comportamento: solteiros ou sozinhos, bonitos, bem-dotados, vaidosos, irresistíveis e sempre vitoriosos em suas investidas sexuais. Já o universo feminino, era mais variado: há virgens, viúvas, desquitadas, solteiras, casadas, ninfomaníacas etc. Porém, um traço em comum as unia: A disposição imediata para o sexo.