...“Sexo é um intercâmbio de líquidos, de fluidos, de saliva, hálito e cheiros fortes, urina, sêmen, merda, suor, micróbios, bactérias. Ou não é. Se é só ternura e espiritualidade etérea, se reduz a uma paródia estéril do que poderia ser. Nada!!” Pedro Juan Gutierrez - Trilogia Suja de Havana
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1.7.23

NELSON RODRIGUES - O ANJO PORNOGRÁFICO


"Sou um menino que vê o amor pelo buraco da fechadura. Nunca fui outra coisa. Nasci menino, hei de morrer menino. E o buraco da fechadura é, realmente, a minha ótica de ficcionista. Sou (e sempre fui) um anjo pornográfico."

Nelson Falcão Rodrigues Recife, 23 de agosto de 1912 - Rio de Janeiro, 21 de dezembro de 1980


"Alguém dirá que A Vida Como Ela é… insiste na tristeza e na abjeção. Talvez, e daí? O homem é triste e repito: 

– Triste do berço ao túmulo, triste da primeira à última lágrima. Nada soa mais falso do que a alegria. Rir num mundo miserável como o nosso é o mesmo que, em pleno velório, acender um cigarro na chama de um círio. Pode-se dizer ainda que é triste A Vida Como Ela é… 

– Porque o homem morre. Que importa tudo o mais, se a morte nos espera em qualquer esquina? Convém não esquecer que o homem é, ao mesmo tempo, o seu próprio cadáver. Hora após hora, dia após dia, ele amadurece para morrer. Há gêneros alegres, eu sei. Fala-se em “teatro para fazer rir”. Mas uma peça que tenha essa destinação específica é tão absurda, obscena, como o seria uma missa cômica. Agora o aspecto da sordidez. Nas abjeções humanas, há ainda a marca da morte. Sim, o homem é sórdido porque morre. No seu ressentimento contra a morte, faz a própria vida com excremento e sangue."


TENTE MANTER O SEXO PRÓXIMO DO AMOR

O sexo, na obra de Nelson Rodrigues, é geralmente ponto de partida de tragédia. “O sexo nunca fez um santo. O sexo só faz canalhas”, escreveu. Mas, em 1967, já havia mostrado uma saída para o canalha: “Tudo é falta de amor. [...] As lesões do sentimento, a crueldade. Tudo, tudo falta de amor. [...] E sempre há os que apodrecem em vida porque separaram o sexo e o amor. A toda hora esbarramos com sujeitos que praticam a variedade sexual. Esses vão morrer na mais fria, lívida, espantosa solidão”. Para evitar que o sexo o transforme num personagem rodrigueano, é só se esforçar para não o separar do amor. Não é fácil, mas só há vantagem em perder a pecha de canalha. Ser Para Sempre Fiel… está na coletânea de crônicas O Óbvio Ululante (Agir, fora de catálogo, mas facilmente encontrado em sebos).

NUNCA COLOQUE EM XEQUE A FIDELIDADE DA MULHER DO SEU AMIGO

Nelson Rodrigues fez questão de mostrar que a delação de uma traição só acaba em tragédia para quem dá o alerta. Em Amigo de Infância, um personagem suspeita da infidelidade da mulher de um amigo e corre a alertar o suposto corno. Quando descobre que a desconfiança tinha fundamento, o corno de fato dá três tiros no cara que só queria que o amigo “não bancasse o palhaço”. Amigo de Infância está na coletânea de contos A Vida Como Ela É (Agir)

AO ANTEVER UMA DISCUSSÃO COM A MULHER, SAIA PELA TANGENTE

É melhor ficar calado do que testar a veracidade dessa máxima de Nelson Rodrigues: “É de fato num bate-boca que nasce na mulher a vontade de trair. Na seguinte discussão, o adultério toma a forma de uma utopia reparadora. [...] Os bate-bocas não passam, e repito: os ba­te-bocas ficam enterrados, na carne e na alma, como sapos de macumba”. (Da coletânea O Óbvio Ululante).

UM ALERTA SOBRE O CASAMENTO…

“Só um débil mental pode casar-se na presunção de que o casamento é divertido, variado ou simplesmente tolerável. É divertido como um túmulo.” Em Asfalto Selvagem (Agir)


20.6.23

LIVRO REVELA LADO B DE LIZ TAYLOR


Elizabeth Taylor foi, sem dúvida, um dos maiores ícones femininos da história do cinema mundial, porém sua vida foi marcada das situações únicas que somente a fama e o luxo que dispunha poderiam proporcionar.

A biografia sobre a atriz, intitulada "Elizabeth Taylor: There Is Nothing Like a Dame", de Darwin Porter e Danforth Prince, alem de contar situaçoes picantes ainda entrega fatos que o mundo desconhecia.

Um dos autores da biografia - Porter, jornalista veterano que escreveu sobre Michael Jackson, Marilyn Monroe, Marlon Brando e Katharine Hepburn, se tornou amigo do assistente pessoal da atriz, Dick Hanley, e de seu amigo de muitos anos, Roddy McDowall. Fontes paras as inumeras "pimentas" e revelações feitas por eles no livro.

Ao longo de sua vida, Elizabeth se casou 8 vezes.Liz Taylor declarou que só havia dormido com os homens com quem se casou, mas a biografia contradiz a diva hollywoodiana. O livro afirma que Liz fez sexo com vários atores, além dos presidentes americanos John F Kennedy e Ronald Reagan.

Segundo os autores do livro, Liz Taylor, que morreu aos 79 anos em 2011, tinha apenas 12 anos quando perdeu a virgindade com um homem, o ator e diretor John Derek, seis anos mais velho que ela.

O livro alega que Taylor pegou o diretor e seu futuro marido, Richard Burton, fazendo sexo com o ator Peter Lawford. Outra história inusitada insinua que Elizabeth teria tentado chantagear Frank Sinatra a se casar com ela, alegando que estava grávida. 

Mas as grandes descobertas são os casos que Elizabeth teve com dois presidentes americanos: Ronald Reagan e John F Kennedy.

Aos 15 anos, "sexual e fisicamente madura", ela foi ao apartamento do então ator Ronald Reagan para pedir um papel em um filme. De acordo com a biografia, Reagan, que era casado com a atriz Jane Wyman, deu um drinque a Taylor e a tratou com uma adulta. Reagan, no entanto, só se tornaria presidente anos mais tarde, em 1981.

"Eu posso dizer que ele me queria, mas estava relutante em dar o primeiro passo. Eu dei o passo, queria ser escolhida para interpretar Lolita, poderia ter ganho o Oscar com o papel da ninfeta. Depois de uns amassos no sofá, fomos para o quarto", contou anos mais tarde a amigos próximos.

Outro político que aparece no livro é John F Kennedy, quem ela conheceu aos sete anos em Londres. Quinze anos depois, Kennedy já era senador quando encontrou a atriz novamente e persuadiu Liz a nadar sem roupa na piscina do ator Robert Stack. Segundo livro, a atriz fez sexo a três com os dois.

Ela também se vangloriou de ter realizado a mesma façanha com os atores bissexuais Marlon Brando e Montgomery Clift.

Após seu segundo casamento em 1964, o livro alega que Richard Burton teve um caso com o arquiteto Edward Tirella enquanto Liz tinha casos esporádicos com outras pessoas.

Burton, que morreu em 1984, teria dito que ela "fez muitos testes do sofá" com grandes nomes do teatro como Laurence Olivier, John Gielgud e Noel Coward.

Os autores ainda contam que Liz "teve momentos íntimos" com o casal bissexual Francis e sua mulher, Sara. A biografia ainda conta que Elizabeth teria dito que dormiu com o então futuro marido da atriz Grace Kelly, o príncipe Rainier.

O livro termina no final dos anos 60, logo após seus casamentos com Burton e não menciona seus últimos dois maridos, o político John Warner e o construtor Larry Fortensky, ambos ainda vivos.

O livro recebeu críticas negativas dos fãs da atriz. Um fã chamou a publicação de uma "coleção de mentiras e especulações horrorosas". De acordo com Darwin, o livro reflete a vida maravilhosa que Elizabeth Taylor teve.